quinta-feira, 7 de julho de 2011

Infância,


Sinto falta da minha infância. De quando o olhar de um menino já nos deixava totalmente envergonhada, fazendo fofoquinha e armando possíveis brincadeiras, onde formaríamos um par. Minha maior preocupação era saber o horário que os desenhos iriam passar na TV.  
 A infância, onde a maior prova de amizade era dada na hora do lanche, na escolinha,  quando trocávamos nossos lanchinhos, mesmo não querendo, só para ver o coleguinha feliz. Eu corria na rua despreocupada, descalça, descabelada e gritava bem alto, corria pra todo lado, tomava banho de chuva, ninguém brigava comigo. Agora se eu fizer essas coisas é capaz de ir parar em um Centro de Reabilitação para Adolescentes Perturbados, é na infância não existia isso não, pelo menos eu nunca fui parar em algum. Eu machucava os joelhos e os cotovelos todos os dias, ardia e eu chorava quando ia tomar banho, minha mãe me enchia de atenção e isso passava. Agora o que dói não são as feridas nem os arranhões, não sou mais criança. O que dói agora é meu coração, com as palavras que nunca esperei ouvir e com atitudes que nunca pensei presenciar. Sinto muita  falta da minha infância.

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